09 janeiro 2006

Cristo e eu

A revista americana Higt Times, citada por The Guardian, sugere que Jesus e os seus discípulos usavam droga para levar a cabo curas milagrosas. Vai mais longe: tenta demonstrar, através de um estudo das escrituras, que Cristo daria uma passas. A ser verdade, eu pergunto: se Cristo, que era Cristo, podia dar umas "passas", por que motivo eu, simples mortal, não posso fumar os meus cigarrinhos de tabaco em paz, neste mundo que enlouqueceu e que vê em cada fumador um criminoso?

12 comentários:

C.M. disse...

Caro Carteiro, deixando de lado os delírios americanos, informo-o que não fumo, actualmente. Já fumei, activa e (de que maneira) passivamente.

Nos dias que correm, na minha mesa de trabalho apenas existe um cinzeiro cheio de rebuçados para os amigos. O ar do gabinete é de uma limpidez suiça. Mas gosto, em boas "jantaradas" com amigos, fumar uns "puros". Ah! caramba! Com uns conhaques!!

Ah! E os amigos não vão fumar para a varanda em dias de chuva, ok? AHAHAH!
Um Abraço.

dlmendes

Primo de Amarante disse...

Caro carteiro: fui,hoje, ao seu blog. Li lá que um certo individuo não pode estar consigo em Amarante. Será que é alguém que anda na clandestinidade?!...

Não fumo há cerca de 10 anos, mais ou menos. Mas fumava três maços de cigarro por dia. O meu irmão, no ano que passou, tirou um pulmão. Não sou anti seja o que for. Mas peço aos meus amigos que deixem de fomar. Sei o que o meu irmão passou e as preocupações que dá á familia.

o sibilo da serpente disse...

A primeira parte do seu comentário fez-me rir, compadre... Não. Não é ninguém que anda na clandestinidade.

A segunda parte, é o que é. Não dá vontade de rir nenhuma. Caramba, eu admiro todos aqueles que deixaram de fumar... E que, como DLM, conseguem encher o cinzeiro com rebuçados.

Mas, caro DLM, deixe-me dizer-lhe uma coisa: sabe qual é a primeira coisa que faço depois de fumar um charuto? É fumar um cigarro...

o sibilo da serpente disse...

Ah, compadre: aquilo já não é o meu blog - quer ser um blog colectivo. Veja lá se dá uma ajuda.

Primo de Amarante disse...

Já estou na margem, da amarantelivre, bem entendido!... E o Hugo já me tramou, porque deixa todo o trabalho ao primo.

Vou ver se começo a trabalhar num livro. O projecto ja foi aprovado, mas falta-me disposição. Tenho andado com o sindroma da aposentação. E não sabe as angústias que isto dá!

o sibilo da serpente disse...

Ontem tentei ir ao Margem Esquerda do arq, Hugo, mas os últimos postais já eram antigos. Ainda funciona?

Kamikaze (L.P.) disse...

Compadre, qual o endereço do blog do "primo de amarnate"? Gostava de o linkar aqui no Incursoes...

o sibilo da serpente disse...

Segundo o Portugal Diário, a nova lei antitabagismo em Espanha já provocou danos: um cidadão (de segunda, claro) foi punido porque se recusou a ir fumar para outra banda. A coisa, não tarda, está aí...

Primo de Amarante disse...

Carissima Kamikaze: o blog vai ser reformulado e depois darei conta.

M.C.R. disse...

Dos 16 aos 50 fumei como um pescador. Logo que tive dinheiro suficiente entrei nos Gitanes, nos Gauloises e nuns outros cujo nome não recordo mas que eram embrulhados em papier mais. Umas bombas. Descobri os Ducados e passei a uma fase superior de luta: a partir dos trinta, trinta e poucos, a minha média ia nos quatro maços. Não comprava tabaco a maço mas em pacotes: 4 de cada vez, dois para o meu gabinete e dois para casa.
Um dia tive uma discussão com alguém que dava umas passas e que me disse que isso era igual ao cigarrinho. Repliquei que se de facto era assim "arreava". Pus os selinhos anti-tabaco, comprei uma tesoura pequenina e logo pela manhã acendia o cigarrinho. À primeira passa, cortava a ponta e guardava. Passado um bocado reacendia e assim sucessivamente. Com este regime reduzi para sete oito cigarros por dia.
Uma vez no Estoril fui pelo maço e tinha-o deixado em casa. Resolvi esperar até à hora do lanche. Cheguei a essa hora e disse: aguento até ao jantar. Depois do jantar resolvi aguentar até...hoje. Andei com um maço de cigarros no bolso durante cerca de doisa anos. Deitei-o fora podre. Durante anos sonhei com cigarros. Depois começaram os pesadelos: recomeçava a fumar.

Hoje em dia, custa-me sentir o cheiro mas, de vez em quando, lembro-me do gostinho de um cigarro depois de comer.. Ai...
Acho que os fumadores deveriam ter espaços próprios mesmo nas empresas onde trabalham, acanhados, beras, de molde a darem vontade de parar. Proibir pura e simplesmente à americana ou à espanhola parece-me uma insensatez.

o sibilo da serpente disse...

Eu admiro profundamente as pessoas que foram capazes de deixar de fumar. Eu só tentei uma vez, por um dia, e esse dia bastou-me para começar a trepar às paredes... Decididamente, não me apetece ter pesadelos por causa dos cigarros, como teve o meu caro MCR. A vida já é demasiado dura e já dá demasiados pesadelos.

Eu entendo que num local de trabalho não se possa fumar (desde que não seja no meu :-) e, por isso, acho que deve haver locais próprios para fumadores. Mas parece-me absolutamente desadequado que não se possa fumar em resturantes, bares ou discotecas. E, aqui, já não acho que se deva arranjar um lugarzinho sujo para pessoas que fumam. Quem protesta é que deve ter os seus lugares próprios. Por isso, acho muito bem que façam bares, restaurantes e discotecas para não fumadores. Eu prometo que não vou lá, ou, se for, não fumo...

M.C.R. disse...

Pessoalmente penso que se está a cair numa situação parecida com a que antecedeu a Lei seca nos EUA.
Em segundo lugar acho que poderiam ser permitidos restaurantes, bares e tudo o resto que preveníssem à entrada que ali se fumava. Os não fumadores militantes só tinham de procurar outros. De resto se os fumadores são uma minoria porque raios não a deixam em paz no seu sítio.
claro que se num local de não fumo aparecesse o nosso Carteiro a puxar dum cigarro ou o JCP a cavalo num daqueles imensos charutos, haveria razão para lhes puxarmos a orelha.
Neste género de coisas tudo se resolveria com algum bom senso.
Aliás o tabaco dá uma fortuna aos cofres do Estado, raios!