31 março 2006

Magistrado constituído arguido


Raul Bairros, magistrado do Ministério Público, foi constituído arguido por suspeita de ter feito ameaças de morte a duas juízas do colectivo do Tribunal da Boa Hora, que julga o caso da fraude contra o Serviço Nacional de Saúde (SNS).


De acordo com a SIC, no decurso da investigação os telefones das juízas foram colocados sob escuta, tendo a Polícia Judiciária identificado que o autor das ameaças era procurador-adjunto do Ministério Público, ex-companheiro de uma das juízas em questão. O processo-crime corre no Tribunal da Relação de Lisboa”.

( fonte: Expresso on-line e Canal Sic ontem à noite).


Acrescente-se que este magistrado foi director da polícia judiciária!


O destino tem destas coisas: quem faz mal aos outros, mais cedo ou mais tarde, tem o retorno...

6 comentários:

josé disse...

Meu caro cabral-mendes:

Deixe que lhe faça um reparo, mas com boa intenção:

O caso que afecta o tal magistrado, parece ser pessoal e o reflexo profissional advém de envolver outros magistrados, embora também por questões pessoais. É notícia porque se trata de magistrados. E isso, em Portugal, ainda é notícia mais ou menos cabalística e de fofoca encoberta.
Deve haver outros casos com pessoas ligadas aos poderes, sem que se tornem notícia.E ainda bem que assim é.
Mas neste, pelos visto é notícia, também porque o dito cujo foi director da PJ...o que acrescenta pimenta ao assunto.
Enfim, é a vida, como diria o outro.

O que não me parece correcto da sua parte, é a observação de que quem faz mal aos outros,mais cedo ou mais tarde tem o retorno.
Quer mesmo dizer o que parece dizer?
Se é, acho mal e não leve a mal que lho diga, pois não é por isso que perco a consideração pelo que escreve.

C.M. disse...

Caro José: a vida tem muitas guerras...infelizmente.

Por acaso, acredito piedosamente nesta asserção: quem faz mal aos outros, mais cedo ou mais tarde tem o retorno. É o que tenho constatado ao longo da vida.

Mas também não posso, aqui neste espaço, esclarecê-lo mais...mas lá que falei com conhecimento de causa, precisamente da pessoa em causa, lá isso falei...sem, contudo, revelar pormenores que não seriam apropriados a este espaço. Daí, fazer esta asserção genérica a qual, repito, considero como um teorema.

victor rosa de freitas disse...

Será que houve mesmo AMEAÇAS de bomba, ou tudo não passou de "arrufos" de namorados desentendidos, como parece querer dizer José?

Ou será mesmo o retorno de maldades passadas, como diz Cabral-Mendes?

Oa "amigos" irão para a primeira hipótese e os "inimigos" para a segunda.

E os "isentos"?

Certamente para as "regras de experiência comum".

Como cada um, em geral, faz da sua própria experiência a "experiência comum", certamente que este caso se desenha uma lotaria...Como muitos outros...

É a vida (como diria o outro), ou melhor, é a "justiça".

Com direito a notícia jornalística...

C.M. disse...

Ninguém aqui atira pedras, OK? Fazem-se afirmações ou constatações. Ponto final.

M.C.R. disse...

Há mais um ou dois cavalheiros do MP que deveriam ser parados. Desde um que faz chover processos em toda a família da ex-mulher (e que vai perdendo regularmente) até outros que de facto não deviam estar no lugar em que estão. Também não é menos verdade que a notícia -como acertadamente - diz josé aparece porque se trata de um magistrado. Mas isso Caro José é qque é notícia! Fosse o tipo um reles cidadão quem é que ligava?
Eu cá não conheço o senhor. Está doente? então porque é que o procvessam? Não está doente' Então processem-no. Ou não?

C.M. disse...

São duas e meia da manhã. Daqui a poucas horas será manhã de Sábado. Vou levantar-me cedo. Tenho de ir à Igreja de São Roque, aqui em Lisboa. E vou rezar pelo Raul Bairros. Com sinceridade. Divergências, traições, zangas, infidelidades no trabalho e até na amizade nada são, comparadas com o amor que o próprio Deus exige que nós demos aos outros. E o perdão também.

Um blog serve para criticar e para aplaudir. Para expor posições.
Não mais que isso. E nunca se pretendeu mais que isso.

Mas, perante as grandes fatalidades, tudo se relativiza.

E parece que, afinal, está aqui patente uma grande fatalidade: a perda da lucidez .

O Homem tem de fugir dos abismos, dos seus e dos outros: é que, como diz o Salmo 42, “ Abyssus abyssum invocat”.