27 novembro 2008

Fiel ao Norte

Esta crónica traz-nos verdades duras e cruas sobre o Norte, com a subtileza (!) da pena de Jorge Fiel. O Norte está em perda permanente e não se vê como recuperar deste estado. Ainda há dias também aqui escrevi sobre alguns outros indicadores preocupantes, relativos sobretudo ao interior do distrito do Porto.

A recessão que bateu à porta, o encerramento de muitas e muitas indústrias de mão-de-obra intensiva e pouco qualificada, com a consequente perda de emprego, os elevados índices de abandono e insucesso escolar, a quebra dos rendimentos e do poder de compra exigem acção por parte do Governo, através de medidas activas que permitam atenuar esta realidade e alavancar um futuro diferente.

Carlos Lage, presidente da CCDRN, dizia esta semana que há um problema de governabilidade na região. É um facto, que se traduz numa factura pesada. Aqui e no resto do país que está à margem de Lisboa. Contudo, como nunca fui maoista, não creio que o poder deva estar na ponta da espingarda, mas sim na força da palavra e da razão. Porque urge lutar contra o centralismo que asfixia o país.

1 comentário:

M.C.R. disse...

Peço desculpa: o problema da região reside fundamentalmente nisto: as estruturas industriais envelheceram e não são competitivas. as eliters do Norte enquanto "mamavam" não cuidaram de modernizarr e diversificar. As populações foram emigrando para o estrangeiro ou para o litoral. aguentou-se, e de que maneira todo o velho conservadorismo que aqui teve o seu bastião (e nisto incluo, as marias da fonte que algum tolinho pensa ser revolucionárias. quanto a Lage, poderá ser simpático mas não me parece ser alguém capaz de definir bem e com precisão o Norte. Demasiado político (e por isso está onde está...) e sem o perfil técnico necessãrio para o lugar. Sem um começo de solução segregado por e na região não há governo que nos salve. Mas os "nossos" políticos vão para a capital e esquecem tudo sem aprender nada!
queixemo-nos de nós e não nos armemos em vítimas...