Ao contrário do que esperava a maioria dos observadores, Fraga Iribarne não conseguiu assegurar junto da emigração galega o deputado que lhe faltava para obter a maioria no parlamento regional e, assim, continuar a governar a região vizinha do Norte de Portugal. Quase dezasseis anos depois, chega ao fim a liderança muito personalizada de Fraga Iribarne.
Emilio Pérez Touriño, líder do Partido Socialista da Galiza, deverá ser o próximo presidente da Xunta, caso se venha a confirmar um acordo de governo com o Bloco Nacionalista Galego. Ver aqui e aqui o que escrevem hoje os dois principais jornais da Galiza sobre este assunto.
Esta viragem política na Galiza não deverá provocar grandes alterações no relacionamento desta região com o Norte de Portugal, tanto mais que existem inúmeros projectos transfronteiriços entre parceiros das duas regiões. Aliás, as muitas afinidades existentes entre a Galiza e o Norte de Portugal devem contribuir para uma relação cada vez mais estreita e para a concertação de projectos e estratégias comuns.
28 junho 2005
Fraga derrotado na Galiza
Postado por jcp (José Carlos Pereira)
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3 comentários:
Já não era sem tempo!
ou:
Até que enfim!
Viva o POVO GALEGO! Tantas vezes fui à festa deste Povo em santiago de Compostela, no tempo da didatura! Era pancadaria terrível.
Caros JCP & Compadre
Eu julgo que a derrota do Fraga vos alvoroçou também por outra razão: verdade ou mentira que Vocês sonham (bom sonho!) com a derrota do fóssil que torna pouco recomendavel usar a simples palavra Marco?
Vejamos, porém: Fraga não foi derrotado.Tem mais de 45% dos votos. Perdeu, isso sim, a maioria absoluta! Dirão: é muito. Respondo que sim mas nada nos diz que a coligação psoe nacionalistas chegue a bom porto. Eu que, apesar de tudo, já ando nestas vidas há demasiados anos (tantos, li agora, quanto as peripatéticas da Av Almirante Reis em Lisboa...) não me fio muito de maiorias tão curtas. Até porque ainda recordo um volte face na Galiza vai aí para 10 ou 12 anos de um tal Barreiros que fugiu do PP para o PSOE e deu a este último o poder. As coisas depois não correram bem e foi o que se viu: 3 doses de Fraga !
A Galiza é bem mais do que gaiteiros e morriña ou contrabandistas e turismo de massas. Fora o galego, aliás mal falado pela grande maioria, sem norma linguística que se veja (ai que saudades do Jesus Alonso Monteiro...) e presa de tremendas rivalidades a que não são alheias as irmandades da fala (Credo!!!) há por ali muito engano nacionalista a par de muita mistificação autonomista. Até a história foi falsificada.
Portanto: é melhor ir andando e vendo. Ou como recomendava Machado: o caminho faz-se caminhando.
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