13 junho 2005

PARA EUGÉNIO DE ANDRADE

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O SORRISO

Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.

Eugénio de Andrade

[partiu hoje para a imortalidade um dos últimos grandes poetas do s.XX - o mais solar e luminoso deles todos - ficam-nos os seus versos, para nosso contentamento e consolo]

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