16 julho 2006

Árabes - XXXIV


danço


eleva-se a lua entre as minhas mãos,
meu corpo a ondear na música.
não há véus que escondam
o sentido do meu olhar que te procura.

é grande a minha pátria de montanhas
e cedros inclinada sobre o mediterrâneo,
o quarto crescente a acariciá-la.
mas não me abriga da falta.

danço para os teus olhos que não estão,
para as tuas mãos a lamberem-me a memória.
danço notas a desprenderem-se do alaúde,
e me tocarem a pele.

e és tu ,
e não és tu.



silvia chueire

2 comentários:

O meu olhar disse...

Belo poema Sílvia!

Silvia Chueire disse...

Obrigada, " o meu olhar". Eu ia colocar outro que escrevi uns dias antes, e aí seria um enorme acaso com este seu post.

Beijos,
Silvia